O júri da mãe e do padrasto do menino Anthony Chagas de
Oliveira foi encerrado por volta de meia-noite desta sexta-feira (12). Diego Ferro Medeiros,
22 anos, foi condenado a 58 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado por
homicídio qualificado e foi absolvido da acusação de tortura. A mãe de Anthony,
Joice Chagas Machado, 28 anos, foi absolvida. Ela respondia pela acusação de
tortura por ser apontada como omissa às agressões do companheiro.
O julgamento iniciou por volta das
9h desta quinta-feira (11), no Tribunal do Júri de
Tramandaí, no Litoral Norte. E foi presidido pelo juiz de direito Gilberto
Pinto Fontoura, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca.
Além da morte, o padrasto, que tinha 21 anos à época do
caso, foi acusado de agredir a criança com socos, tapas, puxões e empurrões, em
razão de um suposto choro do menino. A sentença determinou que ele é culpado pelo crime
de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel,
recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter sido cometido contra menor
de 14 anos. O réu foi absolvido da acusação de tortura. Cabe recurso da decisão, porém Diego
seguirá preso, não podendo recorrer da decisão em liberdade.
A mãe de Anthony, por
sua vez, respondeu ao processo em liberdade e, a partir da
sentença desta sexta-feira, foi absolvida.
Julgamento
Ao
longo do dia, foram ouvidas três testemunhas chamadas pela defesa do réu. A
defesa da acusada desistiu da única testemunha que tinha definido. O Ministério
Público não indicou testemunhas de plenário.
Os réus também foram interrogados. E, na etapa dos
debates, acusação
e defesas apresentaram os seus argumentos aos jurados.
Relembre
o caso
Em
outubro de 2022, Anthony foi encaminhado desacordado para um posto de saúde em Cidreira, onde
foi constatado que ele apresentava diversas lesões no corpo. O menino não resistiu aos
ferimentos e morreu no local, aos dois anos. A denúncia aponta
que o padrasto costumava agredir o enteado e que, naquele dia, teria efetuado
diversos golpes ao chegar em casa com a criança.